quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Luxemburgo enaltece o ego em palestra no Footecon
O técnico Vanderlei Luxemburgo deu uma palestra nesta segunda-feira que fechou o primeiro dia do Footecon, o Fórum Internacional de Futebol, no Rio de Janeiro. O técnico falou de seu trabalho e defendeu a cara e grande comissão técnica que sempre leva aos clubes em que trabalha.
O técnico é sempre questionado, pois recebe o maior salário do Brasil entre os treinadores e sempre leva uma larga comissão técnica por onde passa. Comissão cara, por sinal. O treinador se justificou e inclusive afirmou que não saí caro para o clube.
“Sou rotulado que levo a minha 'patota' para todo lugar e que sou caro. Mas sou barato pelo retorno que dou ao clube. As pessoas confundem ser caro com algo ruim. Se o cara é bom, ele tem que ser caro. Porque dá um retorno muito grande”, afirmou Luxa.
O técnico ainda deu um exemplo: “O Pedrinho, por exemplo, com o Santos em 2006. Ele tinha participado só de uns 30 jogos nos últimos seis anos. Chegou lá e o Filé (fisioterapeuta) o fez jogar mais de 50 partidas em uma só temporada. Isso faz diferença. Um atleta que recebe R$ 200 mil por mês não pode ficar dois meses sem jogar porque está machucado. Ele é patrimônio do clube”, resumiu o treinador.
Vanderlei disse ainda que monitora os principais jogadores brasileiros: “Tenho informações de todos os jogadores que atuam no Brasil e no exterior. Sei o tempo de contrato de cada um. E recebo também observações sobre como cada um está. Isso é importante na hora de contratar. Trazer um jogador é muito caro, tem um custo. E o tiro precisa ser certo. O erro tem que ser o mínimo possível. Sempre estudo o custo-benefício de um jogador”.
Informou também que grava os jogos para que sejam analisados: “Tenho uma câmera atrás do gol que me dá a visão total do campo. Não é para ver o esquema de uma equipe, se joga no 4-4-2, no 3-5-2. Mas sim para ver as falhas e o posicionamento. Preciso saber como se comporta a defesa de um time quando ele está no ataque, como é a cobertura de um lateral quando ele está na frente. Se o volante está se posicionamento certo ou se está dando espaço que a gente pode explorar. Isso faz a diferença”.
Falou ainda das arbitragens: “Sou um chorão com a arbitragem. Mas tenho um estudo de todos os árbitros que apitam na Primeira Divisão. Sei se ele é mais caseiro ou não. Como ele apita para o time da casa, se dá muito pênalti. Se vamos enfrentar o Grêmio lá no Olímpico, o juiz precisa ter pulso, por exemplo”, disse o treinador.
Sobre o Palmeiras, Luxa afirmou: “O meu parceiro compra um atleta por R$ 800 mil e alguns meses depois vende por R$ 9 milhões, como aconteceu com o Henrique. Isso me trouxe prejuízo técnico, mas deu credibilidade ao projeto do Palmeiras com o fundo de investimento. O Palmeiras voltou a ganhar títulos e está na elite do futebol sul-americano”, concluiu Luxa.
Imagens - Marcelo Ferrelli/Gazeta Press e Agência/Estado
Fontes - Paulo Amaral (Gazeta Esportiva.net) e Thiago Lavinas (Globo Esportecom)
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