“As imagens valem mais do que mil palavras e mostram que o Domingos só entrou para me provocar. Além disso, eu sequer encostei nele. Nós estávamos conversando quando o Sálvio veio e me expulsou. Na hora, me revoltei porque, mais uma vez, estava sendo expulso injustamente”, afirmou.
“Assim que o Domingos entrou, o Vágner [Mancini, técnico do Santos], me chamou na lateral do campo e afirmou se eu seria homem o suficiente de dar uma cotovelada no Domingos. Foi tudo premeditado. O Mancini é um treinador que está construindo uma trajetória muito bonita e não precisava disso”, continuou o meia, que ainda revelou o que Domingo lhe disse.
“O Domingos perguntou se eu era mesmo bom de briga. Sei que não deveria feito aquilo, mas voltei para ver se ele tinha mesmo aquela atitude. Quando eu cheguei perto, ele caiu. Na minha opinião, foi covarde”, revelou.
“Coloquei a integridade dos meus companheiros em risco e peço perdão por isso. E peço desculpas à torcida, pois minha única intenção era honrar a camisa do Palmeiras da melhor maneira possível. Deixo o estádio com sentimento de injustiça e chateado. Tenho uma família linda e luto para fazê-la tranquila e feliz. Mas minha atitude de hoje [sábado] não foi para deixá-la assim”, afirmou Diego, quase chorando.
Esta é a segunda vez que Diego Souza é expulso por Sálvio Spinola de um clássico decisivo. A primeira vez aconteceu na partida entre Palmeiras e São Paulo no Palestra Itália, ano passado, quando o árbitro expulsou o meia e também o atacante do São Paulo, Borges.
Os dois, na ocasião, foram expulsos depois do são Paulino impedir que o Palmeiras desse a saída rapidamente após o gol de Rogério Ceni. Eles se empurraram e receberam o cartão vermelho de imediato.
Na época a expulsão foi muito polêmica, mas justificada. Caso não tomasse uma séria atitude naquele início de jogo, Sálvio poderia ter perdido o controle do jogo. Desta vez, porém, o árbitro expulsou os dois jogadores sem ao menos pensar no que fazia.
Por seus primeiros atos nenhum dos dois merecia a expulsão, muito menos o cartão vermelho logo de cara. Pior para o Palmeiras, que perdeu o jogador que poderia decidir o jogo e viu o meia perder a cabeça ao agredir o zagueiro, que naquele momento não faria falta nenhuma ao esquema de Vagner Mancini.
Eu, porém, considero a atitude do jogador Domingos também ridícula. Sim, faz parte do jogo, mas não de um jogo limpo. Entrar para cavar a expulsão de um jogador é algo que não deveria ter cabimento no futebol atual, assim como a agressão de Diego.
A atitude de Domingos não justifica o que fez Diego Souza, mas as autoridades do futebol precisam agir! Querem acabar com a violência nos estádio? Então parem de passar a mão na cabeça dos jogadores!
Os dois deveriam ser punidos seriamente, pois assim entenderão que cada um deles com suas atitudes conseguiram inflamar ainda mais o nervo daqueles 26 mil torcedores presentes no estádio.
É de se agradecer que não tenha ocorrido nenhum tipo de problema entre as torcidas fora ou dentro do Palestra Itália. O que acontecerá com os dois? Domingo nem deverá ser julgado e Diego deverá pegar um gancho de 120 dias, cumprir 20 e depois verá sua pena cair para 100 cestas básicas.
O futebol apenas reflete a sociedade. Se a justiça do esporte permite que haja violência entre os jogadores, como é que poderemos pedir pela paz entre os torcedores?
“Expulso por trocar cabeçada com adversário fora da disputa de bola. Informo que, após a expulsão, o referido jogador empurrou seu adversário, derrubando-o. Após esta ocorrência, o jogador Diego Souza foi contido por jogadores de ambas equipes e depois disso retornou ao campo de jogo e atingiu novamente o jogador Domingos Nascimento com outro empurrão. O jogador Diego Souza foi levado ao túnel de seu vestiário pelos jogadores, entretanto retornou correndo ao campo em direção ao jogador Domingos Nascimento e aplicou-lhe uma rasteira”.
Imagens - Marcos Ribolli/Globo Esporte.com, Tom Dib, AE, Nilton Fukuda/AE e Evelson de Freitas/AE
Vídeo - Globo.com
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